Juventude em Marcha é a provável conclusão das Cartas das Fontainhas (trilogia editada pela Criterion Collection) de Pedro Costa, que começaram na Casa de Lava (não incluído na edição) ou de forma mais identificável em Ossos.
Vanda Duarte, actriz (?) de Ossos, pediu a Costa para a filmar com "menos cinema", o que deu origem a No Quarto da Vanda. Depois disso surgiu Ventura, habitante intrigante das Fontainhas que Costa abordou; o pai de todos, com quem filmou Juventude em Marcha.
A saudade da família é muita (e Clotilde, terá voltado para Ventura?) e os quase-actores, estas caras feitas para serem captadas pela câmara digital de Costa, não querem, provavelmente pela tristeza e pela revolta, mais cinema na Boba.
Em 2012 não haverá qualquer produção de cinema português. Palavras de Catarina Martins, do Bloco de Esquerda. Não é que Pedro Costa, que optou por criar o seu próprio cinema, tenha de fazer parte desta citação, que tem muitas razões para ser acreditada, mas sem Fontainhas, para onde vai o cinema deste autor, cuja obra quase se tinha vindo a construir por si própria até agora? Reconciliar-se com a Boba? Para onde vamos nós, Portugal, a nível cinematográfico? Em Marcha!
Juventude em Marcha (é um dos mais belos filmes do Mundo).
Miguel Ferreira
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